A festa da torcida do Fluminense no desembarque do time no Aeroporto Internacional Tom Jobim, nesta quinta-feira, foi o que Fred sonhava para depois da partida contra o Nacional-URU. Na ocasião, com derrota, a galera não compareceu. Mas com a épica vitória por 4 a 2 sobre o Argentinos Juniors e a classificação para as oitavas de final da Libertadores, cerca de mil torcedores receberam a equipe nos braços.
O capitão parecia um pop star ao aparecer no saguão do Tom Jobim. Escoltado por quatro policiais militares e mais seguranças da Infraero, o atacante foi ao encontro dos torcedores, que cantavam a tradicional música “O Fred vai te pegar” muito ouvida nos estádios. Desde cedo os tricolores chegavam de todos os lados para recepcionar o time.
Por mais de duas horas a torcida cantou palavras de ordem para enaltecer os guerreiros. Nem o técnico Muricy Ramalho escapou da chacota dos torcedores: “Ão, ão, ao Muricy amarelão” e outras rimas impublicáveis foram cantadas para o treinador. Para se referir à violência dos argentinos, eles entoaram o cântico “Gum guerreiro deu porrada no Escudeiro”.
O capitão Fred, um dos últimos jogadores a aparecer no saguão para se ser reverenciado pela torcida disse ter ficado emocionado com a festa. Para ele, porém, ela já era esperada em razão do que o time fez no estádio Diego Armando Maradona. De acordo com o atacante, esta reação é a síntese de que as peças estão se encaixando.
“A torcida comparecer era esperado por todos nós, ela sempre esteve com a gente. Ver isso está sendo muito bom porque é sinal de que o entrosamento entre jogadores, torcedores e diretoria está dando liga. Se aqui tiver duas mil pessoas, elas valem por 200 mil para nós. Estamos consolidando um trabalho sério”, analisou Fred.
Outro que desembarcou e trouxe na bagagem as marcas da batalha de Buenos Aires foi o volante Diguinho. De óculos escuros e boné, ele protegia os ferimentos feitos pelos violentos jogadores do Argentinos Juniors. Um corte na cabeça e outro no supercílio direito, segundo ele, sumirão do seu corpo. Mas a classificação jamais será apagada.
“Ainda bem que não precisei levar pontos na cabeça e no olho. Valeu pela vitória e pela difícil classificação que conquistamos na Argentina. Estes machucados não serão capazes me tirar do Fla-Flu. Estarei lá com os guerreiros”, disse o volante, referindo-se à semifinal de domingo, contra o Flamengo, pela Taça Rio, no Engenhão.
O único jogador que não desembarcou com a delegação foi o meia argentino Darío Conca. Ele permaneceu em Buenos Aires para ficar mais um pouco com a família, mas nesta sexta-feira já estará no Rio de Janeiro para iniciar os treinos visando à semifinal. Os jogadores se reapresentarão logo pela manhã nas Laranjeiras.
PROTESTOS NA CHEGADA DO ELIMINADO BOTAFOGO NO RIO DE JANEIRO
Cerca de 15 torcedores foram ao Aeroporto Internacional do Galeão para protestar contra a eliminação do Botafogo na Copa do Brasil após o empate por 1 a 1 com o Avaí, em Florianópolis, na quarta-feira. Assim que chegaram ao saguão, os jogadores alvinegros foram recepcionados pelos vândalos, que gritavam a todo o momento e ameaçavam os atletas.
Os principais alvos por parte da torcida eram o lateral-direito Alessandro, os jogadores de meio-campo Somália e Fahel, além do atacante Caio. Estes últimos estiveram jogando na eliminação do time na Copa do Brasil. Integrantes da diretoria também foram xingados pelos torcedores.
Apenas o goleiro Jefferson e o atacante Loco Abreu foram poupados. O uruguaio ainda tentou uma conversa com alguns, mas não obteve sucesso, tamanha era a revolta dos vândalos.
Assim que deixaram o aeroporto, os jogadores e comissão técnica do Botafogo foram escoltados por duas viaturas da polícia até a sede do clube, em General Severiano.
O Botafogo será representado por sua equipe júnior na partida deste sábado, contra o Boavista, em São Januário, pelo Troféu Carlos Alberto Torres, um prêmio de consolação aos eliminados do Campeonato Estadual.
Eliminado das duas competições em disputa, o grupo principal do Botafogo só voltará ao campo quando fará a sua estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Palmeiras, no dia 22 de maio.
Os casos do FLUMINENSE e do BOTAFOGO retratam de forma bem clara a realidade do futebol e pode ser aplicada às nossas vidas: Vivemos de resultados. O que plantamos hoje colheremos amanhã.
Tudo que fazemos, seja ao entrar em campo para um jogo ou no jogo da vida, devemos dar o nosso melhor. A sorte acompanha a competência, a dedicação, a perseverança.
O Fluminense entrou focado, determinado, tinha 8% de chances segundo os matemáticos e a sorte acompanhou a competência, a dedicação, a perseverança e no final o pênalti da classificação.
O Botafogo não entrou focado, determinado e segundo os especialistas se classificaria. A falta de sorte acompanhou a incompetência, a falta de entrega e a acomodação e no final o pênalti da desclassificação.
A chegada no aeroporto, a volta para casa de ambas equipes refletem aquilo que plantaram e colheram.
Que cada atleta ZONA SUL e os demais internautas façam sua escolha: COMO QUEREM VOLTAR PARA CASA: NA ALEGRIA, EUFORIA OU TRISTEZA E PROTESTOS de quem amamos.
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